O Santuário de Fátima é uma das maiores referências do culto mariano, e que é visitada anualmente por milhares de peregrinos de todo o mundo.
O local onde está o Santuário de Fátima, a Cova da Iria, era até 1917 um lugar desconhecido do concelho de Ourém, na freguesia de Fátima. Nesse ano, um acontecimento religioso veio mudar para sempre a sua história e importância, quando três crianças pastoras, Jacinta e seus dois primos Francisco e Lúcia, testemunharam sucessivas aparições de Nossa Senhora do Rosário. Encarado inicialmente com relutância pela Igreja mas acarinhado pelo povo, o fenómeno só em 1930 seria reconhecido pelo bispo de Leiria. Deste essa altura, o desenvolvimento da localidade foi notório, levando a que Fátima fosse elevada a vila, em 1977, e a cidade, em 1997.
O dia 13 de maio foi a data da primeira aparição de Nossa Senhora do Rosário, seguida de outras no mesmo dia, nos meses seguintes até outubro, e marca também as principais celebrações de Fátima. Um dos momentos mais importantes é a Procissão das Velas, na noite de 12 de maio, em que os milhares de velas dos fiéis que enchem a grandiosa praça do Santuário concedem a este lugar um ambiente mágico, de comunhão e devoção religiosa. Mas todos os meses, especialmente nos dias 12 e 13, milhares de peregrinos acorrem a Fátima guiados pela sua fé. Partindo de diversos pontos do país e mesmo de outros países, muitos deles fazem esse percurso a pé, seguindo por estradas e caminhos rurais. Para facilitar as deslocações foi identificado um conjunto de quatro Caminhos de Fátima que foram sinalizados no terreno – Caminho do Tejo, Caminho do Norte, Caminho da Nazaré e Caminho do Mar – e podem facilmente ser seguidos, mesmo por quem conhece mal a região.
A localidade da Batalha cresceu quando o Mosteiro de Santa Maria da Vitória foi mandado construir pelo rei D.João I de Portugal. A sua construção teve início em 1386, e deveu-se ao cumprimento de um voto de D. João I, que prometeu a Nossa Senhora a sua construção caso Portugal derrotasse Castela na Batalha de Aljubarrota em 14 Agosto de 1385. Anualmente em Agosto, realizam-se grandiosos festejos junto ao mosteiro que comemoram esta vitória.
Obra-prima do gótico português, o Mosteiro da Batalha é um magnífico exemplar arquitectónico em que se misturam várias influências decorrentes do seu extenso período de construção que se estendeu por vários reinados. No interior destacam-se a Capela dos Fundadores com magníficos vitrais, os claustros, as Capelas Imperfeitas ou inacabadas, profusamente decoradas com elementos em estilo manuelino e gótico flamejante, e a Sala do Capítulo. Em redor do Mosteiro, conservam-se algumas casas setecentistas, das quais merece especial referência a Igreja Matriz, com um belíssimo portal Manuelino.
Alcobaça está situada nos vales dos rios Alcoa e Baça, que segundo alguns escritores lhe deram o nome. No entanto, segundo outras interpretações foi a denominação desta localidade de origem árabe que se dividiu para baptizar os dois rios.
Alcobaça deve a sua fama e desenvolvimento ao Mosteiro ou Real Abadia de Santa Maria, fundado em 1153 pela Ordem de Cister, e que começou a ser construído em 1178, em terrenos doados a Frei Bernardo de Claraval, fundador da Ordem de Cister, pelo 1º rei de Portugal, D. Afonso Henriques, no cumprimento de um voto efectuado após a Reconquista Cristã de Santarém, que esteve na posse dos mouros até 1147.
O Mosteiro possuía um vasto domínio, que era também conhecido como "coutos" de Alcobaça, onde a Ordem de Cister sistematizou o povoamento, organizando vilas e quintas e dinamizou a agricultura, introduzindo novas técnicas e produtos agrícolas, características que perduraram no tempo, sendo ainda hoje esta região uma das principais produtoras de fruta em Portugal.
Erigido segundo o modelo da Abadia de Claraval, casa-mãe da Ordem de Cister em França, o Mosteiro de Alcobaça é um belíssimo monumento classificado como património da humanidade pela UNESCO.
A gastronomia e a doçaria da região foram muito influenciadas pelos Mosteiros e conventos da Ordem de Cister existentes, aí a designação de conventual a este tipo de doces. O doce mais conhecido é o Pão de Ló que tomou o nome da localidade onde é confecionado – Alfeizerão.
A praia da Nazaré, de clima ameno e com uma beleza natural, tem das mais antigas tradições de Portugal ligadas à pesca. Ainda hoje existe a possibilidade de ver as peixeiras a usar as sete saias, como manda a tradição.
Virado para o mar, do lado direito, existe um impressionante promontório. Trata-se do Sítio, onde é possível ter uma das mais belas panorâmicas da costa portuguesa. São 318 metros de rocha a cair a pique até ao mar. No alto, encontra-se a pequena Ermida da Memória, onde se conta a lenda do milagre que Nossa Senhora fez, impedindo o cavalo de um fidalgo, D. Fuas Roupinho, de se lançar no precipício. Verdade ou não, no Miradouro do Suberco mostra-se o suposto sinal deixado na rocha pela ferradura, nessa manhã de nevoeiro de 1182. Pode-se ainda visitar o Santuário de Nossa Senhora da Nazaré e o Museu Dr. Joaquim Manso, que pode ser visitado para se saber mais pormenores sobre as tradições nazarenas.
A vila medieval de Óbidos é uma das mais pitorescas e bem preservadas de Portugal. Suficientemente perto da capital e situada num ponto alto, próximo da costa atlântica, Óbidos teve uma importância estratégica no território. Já ocupada antes de os romanos chegarem à Península Ibérica, a vila tornou-se mais próspera a partir do momento em que foi escolhida pela família real. Desde que o rei D. Dinis a ofereceu à sua esposa D. Isabel, no séc. XIII, ficou a pertencer à Casa das Rainhas que, ao longo das várias dinastias, a foram beneficiando e enriquecendo. É uma das principais razões para se encontrarem tantas igrejas nesta pequena localidade.
Dentro de muralhas, existe um castelo bem conservado e um labirinto de ruas e casas brancas. Entre pórticos manuelinos, janelas floridas e pequenos largos, encontram-se bons exemplos da arquitetura religiosa e civil dos tempos áureos da vila.
A Igreja Matriz de Santa Maria, a Igreja da Misericórdia, a Igreja de São Pedro, o Pelourinho e, fora de muralhas, o Aqueduto e o Santuário do Senhor Jesus da Pedra, de planta redonda, são alguns dos monumentos que merece a pena visitar.
Na gastronomia local, destaca-se a caldeirada de peixe da Lagoa de Óbidos e a célebre Ginjinha de Óbidos, que se pode apreciar em vários locais, de preferência num copinho de chocolate.
Durante todo o ano, um programa de eventos traz alguma animação a esta pequena localidade, mas sem dúvida os mais concorridos são o Festival Internacional do Chocolate, o Mercado Medieval e o Festival de Natal, em que se decora a vila com motivos alusivos à época.